"O sonho do disco de vinil no Brasil está definitivamente acabando. Segundo informações do jornalista Marcos Espíndola, a empresa carioca Polysom, de Belford Roxo, Rio de Janeiro, está fechando suas portas. Marquinhos conseguiu a informação através do também jornalista e músico André Seben, de Os Chefes, que esteve em contato com Willian de Carvalho, proprietário da empresa que lhe informou que a Polysom estava fechando suas portas indefinidamente.
Para Seben, Carvalho disse que até hoje, a ajuda prometida pelo Ministério da Cultura não apareceu e que a ajuda somente ficou nas notícias divulgadas, inclusive por Mundo47. A Polysom vai apenas cumprir as útlimas encomendas antes de cerrar suas atividades. Ao que parece o fim do negócio é definitivo e para Seben, Carvalho declara que os artistas brazucas que quiserem fazer seu trabalho em vinil, terão que recorrer ao mercado externo.
É extremamente lamentável o que aconteceu com a Polysom. Ficaremos apenas com as lembranças…"
E o Ministério da Cultura garantiram que isso não iria acontecer.....veja matéria abaixo
19 de novembro de 2007
Preservação da Polysom
Pedido de proteção foi apresentado durante evento no Rio de Janeiro O ministro da Cultura, Gilberto Gil, participou na última terça-feira, dia 13 de novembro, no Circo Voador, no Rio de Janeiro, da cerimônia de apresentação das propostas para a preservação da única fábrica brasileira de discos de vinil, a Polysom.
Durante a solenidade, o ministro Gil afirmou que a situação da fábrica será estudada pelo Ministério da Cultura e que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) avaliará a possibilidade de tombamento. "Acho que a fábrica se insere nas duas formas de patrimônio: material e imaterial", opinou.
Polysom
Localizada em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, desde a sua fundação, em 1999, a fábrica já chegou a imprimir 110 mil cópias de um só disco. Atualmente, no entanto, são apenas cerca de 23 mil ‘bolachas’ por ano. "Tudo de nossa parte para que essa fábrica fique de pé está sendo feito", afirmou Gil, que também ressaltou a importância dos LPs para DJs e rappers.
O disco de vinil é uma mídia desenvolvida no início da Década de 50. A partir do final dos anos 80 e início dos 90, a invenção dos compact discs (CDs) trouxe maior capacidade, durabilidade e clareza sonora, sob alguns pontos de vista, fazendo com que os discos de vinil fossem considerados obsoletos e desaparecessem do mercado quase por completo.
No Brasil, os LPs foram produzidos em escala comercial até 1996. Mas, até hoje, milhares de audiófilos ainda preferem o vinil. Para esses, o armazenamento da música é mais fiel ao som original, proporcionando, por exemplo, uma melhor distinção dos graves.
Patrimônio Cultural - Protegido pelo Iphan, com base em legislações específicas, o patrimônio cultural brasileiro é classificado segundo sua natureza: material ou imaterial. No primeiro, encontram-se os bens imóveis - núcleos urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos - e móveis - coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos. Já o patrimônio imaterial é o conjunto de práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas, que as comunidades reconhecem como parte integrante de sua cultura e que, tradicionalmente, é transmitido de geração a geração. Leia mais no site www.iphan.gov.br.
Texto gentilmente cedido por
(Renato Paiva)
(Comunicação Social/ MinC)
